A Passarela

William Clavijo

Fotografia realizada em P&B e longa exposição num dia nublado da passarela localizada na Orla do Guaíba.

A Solidão do Homem ao Florescer da Natureza

Angelo Soldati

No meio do esplendor do belo florescer, o homem se percebe diminuto e desorientado, como um viajante perdido em seu próprio universo desconhecido. Sua solidão se mescla com as folhas das árvores, e apesar da tristeza evidente em sua expressão, paradoxalmente, a união entre ambos cria um cenário vivo e inspirador, enriquecido pelas cores de Porto Alegre.

Aquilo que Flui Eternamente

Ana Christina Cruz Schittler

Esse registro é de um trabalho denominado Heranças clássicas na nossa contemporaneidade. Registros fotográficos no Departamento de Água e Esgotos em Porto Alegre, localizado na rua 24 de outubro, nº 200, realizados em 01 de dezembro de 2023. Escolhi esse registro pensando na água que flui eternamente, bem como, os ideais gregos e as esculturas presentes em torno da fonte, que remetem à atemporalidade que nos acompanha desde a Grécia Antiga.

Às Vezes É Depois que se Põe que a Gente Vê a Beleza

Camila Berwanger

O brilho, por vezes, pode ofuscar, a gente não consegue olhar. Mas depois que passa ainda reflete de outras formas. Rebate em outros meios, em outras partes, e podendo olhar com calma, quem sabe a gente até possa ver mais do que via antes. Valorizar cada pedaço, ver como bate em cada cantinho, como os rastros mudam o reflexo. Com mais suavidade, mas talvez por isso, com ainda mais riqueza.

Ausência – Cais do Porto

Gilberto Perin

Para onde vão árvores, prédios, portos, casas? Em que cidade de faz-de-conta estará aquilo que algum dia fez parte do cotidiano? Restam apenas fotografias. Três imagens, três ausências.

Deixe o Rio me Levar - da série "Caminhos"

Bruna Fraga

A fluidez de uma moradia às margens do Rio Guaíba na região do extremo sul da Cidade de Porto Alegre, passando pelo meu caminho e se deixando levar pelas águas deste rio.

Dias de Chuva

Daniel Sasso

O inverno gaúcho transcende a mera definição de estação; é um período que exerce uma influência profunda nos costumes. Os prolongados períodos de frio e chuva conferem à cidade de Porto Alegre uma tonalidade cinzenta e azulada, destacando-a de forma distinta do clima tropical predominante no restante do país. Esta paisagem bucólica, embora envolta em tons sóbrios, reflete a rica diversidade cultural e as múltiplas vozes sociais que caracterizam a personalidade da cidade. Porto Alegre, sendo uma cidade portuária historicamente receptiva a imigrantes de diversas origens, é marcada por uma vibrante tapeçaria cultural. A presença dessa “zona cinzenta” é mais do que um aspecto visual; é uma lembrança da multiplicidade de cores que contribuíram para moldar a identidade da capital do Rio Grande do Sul.

Energias

Gilbeli Ughini

Um momento registrado da visão de dentro das águas do Guaíba, enquanto olhava para cima, onde o enquadramento da antiga usina, as lâmpadas e o céu trouxe uma sensação de muita energia, luz e vida, além de um forte brilho nos olhos e um sorriso.

Girando a 360 Graus

Arlete da Silva Patricio

O nascer de um novo dia em um dia comum, que brilha sobre a água e nubla sob o céu.

Gwaiba

Raquel Brust / Andressa Cantergiani

Inspirada no significado do nome do Guaíba, que segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, é uma palavra de origem Tupi, (gwa, seio; i, água; e ba, lugar) que resultaria na expressão “no seio da água”, esse ensaio é uma exploração poética e sensorial que busca estabelecer uma conexão íntima entre o ser humano e o elemento aquoso que circunda e define a cidade de Porto Alegre. Através da fotoperformance, mergulhamos nas profundezas das águas que permeiam não apenas o espaço físico, mas também as memórias, mitos e identidade da comunidade local.
O longo vestido azul de 30 metros não é apenas um figurino, mas um sujeito ativo na paisagem, como uma extensão do próprio ambiente aquoso e do corpo. Sua extensão dramática sugere a imensidão e a fluidez das águas, enquanto sua cor azul remete à serenidade e mistério dos oceanos. A fotoperformance não se limita ao corpo humano ou à paisagem natural, mas os une de forma orgânica e simbiótica. O corpo é moldado e transformado pela interação com o vento e a água, enquanto a paisagem se torna um cenário vivo que reage à presença humana.
A captura do movimento é essencial na fotoperformance. O vento e as águas em constante movimento alteram a materialidade e forma do tecido, criando uma coreografia visual que evoca a dinâmica fluida e mutável das águas.
As águas são mais do que meros elementos naturais; são vias de navegação que conectam culturas e civilizações. A fotoperformance reflete sobre as histórias de navegações, imigrações e colonizações que moldaram a identidade de Porto Alegre. Ao habitar as águas, o corpo busca reconectar-se com o território ancestral e encontrar um sentido de pertencimento. A performance questiona as fronteiras físicas e simbólicas que separam o ser humano da natureza.
As águas são um reservatório de mitos e lendas que permeiam o imaginário coletivo da cidade. A fotoperformance convida o espectador a mergulhar nas profundezas do inconsciente coletivo, explorando as deidades aquáticas e entidades místicas que habitam as águas de Porto Alegre.
“Gwaiba, no seio da água” é mais do que uma simples performance visual; é uma jornada sensorial e espiritual que convida o espectador a mergulhar nas águas da memória, imaginação e identidade de Porto Alegre. É um lembrete de que, apesar de todas as mudanças e transformações, as águas continuam a ser uma fonte inesgotável de inspiração e conexão com o sagrado e o transcendental.

Iconografia Fantástica – Os Netunos I

Eduardo Scaravaglione

Na série fotográfica Iconografia Fantástica, Eduardo Scaravaglione traz luz e destaque a diversas obras artísticas representadas em monumentos e estátuas na cidade de Porto Alegre, resgatando suas fontes e significados do passado ao presente.
A ideia da série Iconografia Fantástica é trazer à tona os ‘sinais e significados’ que foram há muito tempo estampados nesses monumentos e estátuas que estão em toda a parte na Cidade e que nos dias atuais, para muitos, passam despercebidos, em virtude da corrida da vida cotidiana e das intervenções urbanas da contemporaneidade.
As fotografias desvelam a simbologia desses ornamentos, dessas alegorias, desses seres fantásticos, ancestrais e mitológicos que das palavras dos antigos se transformaram em pedra. A pedra esquecida pela desatenção do cotidiano retoma seu protagonismo porque suas histórias e seus significados dão vida à cidade e seus moradores.
Os Netunos fazem parte de um conjunto escultórico mais antigo de Porto Alegre (1866), Guaíba e seus Afluentes. O conjunto é formado por quatro estátuas, sendo duas figuras femininas que simbolizam os rios Caí e Sinos, popularmente conhecidas como Ninfas, e duas masculinas, os rios Jacuí e Gravataí, também chamados de Netunos.
O grupo inicial incluía uma quinta estátua, simbolizando o Lago Guaíba através da figura de um menino, que está desaparecida desde 1924.
O foco desse trabalho (dessas 3 fotos) está nos Netunos, apenas. A série está em Cianotipo, trazendo a referência e simbologia das águas. As fotos são dos reflexos das estátuas na água.

Imensidão Azul

Gabz 404

Um entardecer de domingo no outono de Porto Alegre. Tirada a partir do Centro Histórico, além dos antigos prédios que compõem esse bairro, podemos ver na imagem também os bairros Floresta, São Geraldo e Navegantes, uma parte da zona norte de Porto Alegre e a ponte que dá acesso à cidade Guaíba e às Ilhas do Arquipélago (Ilha do Pavão, Ilha das Flores, Ilha da Casa da Pólvora, Ilha Grande dos Marinheiros). No grande céu azul com algumas nuvens, um avião decola na direção Oeste. É possível ainda ver alguns lugares conhecidos em Porto Alegre: partes do Mercado Público e dos Cais do Porto e a Arena do Grêmio.

Majestic

Ricardo Ara

Uma observação poética-arqueológica, percebendo a paisagem como deslocamento e o tempo como um instante congelado, carregado de nuances e de contrastes. Apresento um recorte de Porto Alegre, onde a arquitetura, robusta e estática, se ressignifica conforme a interação com os acasos que a própria paisagem permite, seja pela ação natural do passar do tempo, aqui representada pelo céu – também característico da cidade -, seja pela intervenção humana, intencional ou não, que leva balões de ar, leves e coloridos, a se integrarem na fachada histórica e sóbria do centro da cidade. Entre os opostos etéreos e sólidos, existe espaço para uma infinita harmonia de elementos, que deixam o ar mais leve e a terra mais firme, mas ainda assim em equilíbrio.

Matiz da Matriz

Pedro Ferraz

Neste trabalho busco apresentar uma perspectiva diferente sobre este ponto tão característico da cidade, exibindo a interação entre a exuberância de cores naturais das copas das árvores que embelezam a praça da matriz e os encantos arquitetônicos tão conhecidos deste espaço.

Meninos da Orla

Jorge Leão

Fotografia apresenta meninos desfrutando de um fim da tarde na Orla do Guaíba num dia típico de verão.

Moldura

Gerson Turelly

De um ponto muito específico no Jardim Botânico de Porto Alegre, consegue-se ter uma vista particular de prédios da cidade emoldurada pela bela e diversificada vegetação do local.

Navegador

Alass Derivas

Perspectivas sobre o Guaíba. Memórias de texturas que já não existem mais. Neste registro de 2015, pescador navega por trás dos históricos guindastes do Cais Mauá, estruturas que não estão mais ali.

Nuances Solares do Sul I

Diego Costa

Porto Alegre tem cores lindas em seus pores do sol no verão, tons de amarelo, alaranjados, rosas e outros mais. Fotografando na Orla do Guaíba, sentei, admirei e escrevi um poema para descrever a beleza deste momento:
Por entre o céu de cores vívidas,
Vejo o mais belo entardecer cair,
E eu me perco nesses pantones,
Me perco nessa explosão de nuances do meu sentir.

O Arco-Íris da Redenção

Alexandre Corrales

Quem já passou pela redenção em dias de sol, certamente já foi presenteado com o arco-íris do chafariz.

O Lago, a Cidade e o Céu

Mathias Cramer

Água, terra e ar.
Líquido, sólido e gasoso.
Linha, horizonte e cor.
Azul.
Luz, reflexo e reflexões.
Cidade viva.
Viva a cidade.
Portoalegre-se.

O Velho e o Ontem

Boca Migotto

Duas camadas temporais sobre o Centro da cidade. A partir do rio, vemos os galpões do Cais e a cidade que, por trás, cresceu apartada do rio. Camadas que contam a história recente de Porto Alegre enquanto aguardam ansiosamente pelo século XXI.

Paisagem Imaginária

Andréa Seligman

Uma árvore, com galhos que abraçam o rio.
Essa imagem foi captada em 2018, na frente do museu Iberê Camargo, lugar que visito frequentemente para fotografar.
Uma linda árvore.
Que como tantas, ficou na lembrança.

Porto Alegre das Cores

Rafael M. Sgari

O cenário apresenta o emaranhado de prédios comerciais e habitacionais que permeiam a área central de Porto Alegre. Ao fundo, as cores do pôr do sol da orla do Guaíba complementam o cenário.

Porto Alegre Encoberta

Jeff Botega

Tentei buscar um visual que pouco se conhece de Porto Alegre. Entre os meses de abril e julho (às vezes chega até começo de setembro), em algumas manhãs, a capital é “invadida” pela neblina, e sempre fiquei curioso como deve ser essa “invasão” visto de cima. Com um Drone literalmente persegui essa fotografia por mais de 15 anos.

Reflexos da Diversão

Carla Zigon

Contraponto dos reflexos nas superfícies mais distintas.

Se me Olha o Mundo Sente

efemero

Nesta primeira imagem, encontramo-nos em uma escadaria na João Manoel, no coração de Porto Alegre. Três almas negras, pintadas em branco, dourado e preto, fixam seus olhares diretamente na lente da câmera, desafiando qualquer espectador a mergulhar na profundidade de suas expressões. Agrupados com a cidade como pano de fundo, nossa presença é marcada pela resistência, pela celebração das cores que nos constituem e pela coragem de enfrentar um mundo que insiste em nos definir. É um olhar que transcende, um convite a refletir sobre o que significa existir como pessoa negra dissidente em uma sociedade que muitas vezes tenta nos reduzir a estereótipos subservientes.

Tarde Ao Ar Livre

Alicia Franzen

O paisagismo do parque emoldura o momento de lazer de uma família. A natureza tem a habilidade de participar de memórias desde as primeiras idades da vida até o final de uma vida.

Verde Refúgio das Árvores

Nathalia Barth

Porto Alegre me tem – um projeto de diptícos que relacionam o urbano com o natural através da semelhança de cores. Na Obra, o verde é o protagonista, representando uma das características mais marcantes da capital gaúcha: sua arborização. A imagem da direita é de uma copa de árvore do Parcão e a foto da esquerda mostra uma das paredes da entrada do Memorial do Rio Grande do Sul.

Vista da Ilha da Pintada

Edison Nunes

Foto de Porto Alegre das águas, vista da Ilha da Pintada. Dentro do conceito “as cores vivas da capital gaúcha”.