10 mar 2022

Arte

O Brasil de Tarsila do Amaral

Poucos artistas viram o Brasil com a profundidade, a diversidade e a delicadeza de Tarsila do Amaral (1886-1973). Não à toa, 135 anos após seu nascimento, a pintora paulista ainda é uma das mais populares e representativas artistas visuais do país, com exposições que batem recordes e obras que geram filas para serem admiradas.

Antes da pandemia, a mostra Tarsila Popular levou mais de 400 mil visitantes ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateuabriand (Masp), recorde histórico daquela instituição. Dois anos depois, o Museu de Arte de Brasília (MAB) reabre suas portas (após 14 anos interditado) com uma celebração aos 135 anos da artista por meio de suas gravuras. É um sinal de que a artista segue mais relevante do que nunca.

Nesta terça-feira (8 de junho), o Farol Santander, em Porto Alegre, abre a exposição Tarsila para Crianças, que fica em cartaz até 5 de setembro com espaços lúdicos que remetem a obras como A Lua (1928) e Abaporu (1928), além de ambientes instagramáveis e elementos que contam a história de vida da artista. Antes, a mostra havia levado 90 mil visitantes ao Farol Santander de São Paulo, durante 3 meses antes da pandemia.

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Tarsila também em São Paulo e Brasília

Obras como A Negra (1923),  Abaporu (1928), Cartão-postal (1929) e Operários (1933) fizeram de Tarsila uma das mais importantes figuras da pintura nacional e um dos símbolos do movimento modernista à época. A exposição Tarsila no MAB, em cartaz desde o final de maio no Museu de Arte de Brasília, deixa isso claro: a mostra apresenta seis gravuras da artista, das 10 obras pertencentes ao acervo do MAB. As gravuras em exibição foram expostas pela última vez no museu em 2004 e fazem parte de uma série criada pela artista paulista em 1971, cujos temas são paisagens antropofágicas e vistas de praias e do interior.

A importância da artista havia ficado evidente na exposição Tarsila Popular, que levou 402.850 pessoas ao Masp em meados de 2019. A mostra apresentou cerca de 120 trabalhos da artista, tornando-se a maior já realizada sobre sua obra no Brasil. Entre as importantes obras expostas, estavam Abaporu (1928), uma das mais populares, que integra o acervo do Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba), Antropofagia (1929) e O Batizado de Macunaíma (1956). A exposição marcou o retorno da obra da artista a São Paulo, depois de percorrer, entre 2017 e 2018, museus em Nova York e Chicago, nos Estados Unidos.

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